Educação e Saúde. O que esperarmos em MG?
- Consultor - Agenda Econômica
- 6 de dez. de 2020
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Lá em 22/jul/20, as manchetes de um jornal de circulação nacional expunha a seguinte manchete: "Minas Gerais enfrenta interiorização da pandemia de coronavírus. Estado tem em julho mais de 2.000 novos casos diários em média; 90% dos municípios têm infectados" FSP
Hoje, o fenômeno da interiorização projeta uma situação mais alarmante. Visto que há algum preparo técnico das unidades médicas e seus profissionais, mas continua havendo uma progressão geométrica dos infectados, devido às medidas rasas para a prevenção e flexibilização das formas de proteção.
Também se esgotam as justificativas para dirimir as dúvidas da população. Se não, vejamos:
EDUCAÇÃO
No caso da Educação, há um inconformismo com as dificuldades da Secretaria de Estado de Minas Gerais e consequentemente das respectivas Superintendências Regionais e suas Secretarias Municipais de Educação em garantir a concretização das tarefas atribuídas aos seus profissionais.
Essas garantias (de treinamento, financeiras e econômicas) deveriam vir de maneira precedente aos espectros regulatórios complexos que vêm produzindo a referida pasta. É o que temos observado, ao ver o testemunho de profissionais independentes que vêm as redes sociais para questionar a condição factível ou não das diversas resoluções baixadas pelo órgão.
Sabe aquele ditado? "Quando a cabeça não pensa, o corpo padece!"
Para citar um caso prático, em relação à documentos emitidos pela SEEMG:
Leia parte do Memorando-Circular nº 142020SEESPP, 06 de novembro de 2020. Ele foi questionado nas redes sociais de todo o Estado de MG. Disponível na Internet: https://www2.educacao.mg.gov.br/images/documentos/Memorando-Circular%20n%C2%BA%20142020SEESPP,%2006%20de%20novembro%20de%202020.pdf - Assim relata as medidas a serem tomadas no referido documento:
"Objetivando orientar as escolas da rede estadual de ensino quanto às diversas situações de devolução dos Planos de Estudos Tutorados e contabilização de sua carga horária
informamos que:
i) Nos casos em que o estudante não entregou nenhum PET, mesmo após o movimento de busca empreendido pelo gestor escolar, o estudante pode ser considerado como desistente.
ii) No caso em que o estudante fez a devolução do PET parcialmente resolvido ou totalmente em branco a escola deve contabilizar carga horária, haja vista que houve esforço por parte do estudante, mas dificuldade na resolução das questões.
iii) Nas situações em que o estudante devolveu alguns PET e outros não a escola deve contabilizar tais entregas: Se o estudante devolveu 75% dos PET a carga horária deve ser considerada. Se o estudante entregou menos de 75% dos PET o estudante deve passar pelo processo de reclassificação, fazendo um PET Avaliativo de todos os componentes curriculares, construído
pela escola. Nesse caso, deve-se considerar se ele devolveu ou não o PET, não avaliando o desempenho das respostas, pois estamos contabilizando carga horária."
SAÚDE
O desconforto em dar satisfação para o povo, das medidas urgentes a serem tomadas pode ser vista espontaneamente nas aparições do governador. Sua presença em vídeo que foi publicado pelas redes sociais nesse início de dezembro/20 e disponível no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=X3J_VyJDF3E
No referido vídeo, aquela autoridade afirma que a vacinação em MG "será algo que vai mudar por completo essa realidade nossa!" E ainda alegou que "estamos acompanhando direto com o Ministério da Saúde, a escolha das vacinas. E vale lembrar que o Programa de Imunização, é programa federal!"
Só que esqueceu de comentar sobre a seguinte condição, inerente aos encargos das Secretarias Estaduais de Saúde:
O Governo Federal (Min. Saúde), ainda não publicou um Plano Nacional de Imunização que dê sentido a novas providências.
Para não dizer que acabaram ai os problemas: 1 - As empresas que produzem os insumos(seringas e agulhas), estão com 80% capacidade utilizada ocupada; 2 - Os Governos Estaduais e o nosso Governo Municipal, que estão incumbidos do provisionamento, manutenção e transporte desse material, aquisição de freezers e câmaras frias, ainda aguardam um START para tomarem as providências iniciais.
Na prática, isto acontece da seguinte maneira: O Laboratório entrega para a Central de Medicamentos as vacinas produzidas, que vão para as capitais de cada Estado. Depois são encaminhadas para as Superintendências Regionais e enfim seguem para as Secretarias Municipais de Saúde.
Diante desse marasmo que vivemos (colapso mesmo), cabe ao cidadão perguntar: Como será o amanhã?


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